ATA DA DÉCIMA PRIMEIRA SESSÃO SOLENE DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 07-6-2001.

 

 


Aos sete dias do mês de junho do ano dois mil e um reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às dezenove horas e vinte e três minutos, constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão, destinada a homenagear o Dia do Acemista, nos termos do Requerimento nº 070/01 (Processo nº 1089/01), de autoria do Vereador Reginaldo Pujol. Compuseram a MESA: o Vereador Fernando Záchia, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; a Senhora Judite Dutra, Primeira-Dama do Estado do Rio Grande do Sul e representante do Senhor Governador do Estado do Rio Grande do Sul; o Senhor Leopoldo Moacir Lima, Presidente da Associação Cristã de Moços - ACM; o Deputado Estadual Sérgio Zambiasi, Presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul; o Desembargador Luiz Felipe Vasques de Magalhães, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul; a Deputada Federal Yeda Crusius; o Senhor Mário Cardoso Jarros, Presidente de Honra da Associação Cristã de Moços; o Senhor Décio Schauren, representante do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre; o Vereador Reginaldo Pujol, na ocasião, Secretário “ad hoc”. A seguir, o Senhor Presidente convidou a todos para, em pé, ouvirem o Hino Nacional, executado pelo Coral da Associação Cristã de Moços, sob a regência da maestrina Marisa Vieiro e, em continuidade, concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Vereador Reginaldo Pujol, em nome das Bancadas do PFL, PMDB, PSDB e PL, manifestou-se acerca da fundação e das atividades desenvolvidas pela Associação Cristã de Moços em Porto Alegre, referindo-se ao transcurso, no dia seis de junho, do Dia do Acemista e comentando aspectos relativos à instituição dessa data no calendário de festividades da Cidade, através de proposta de iniciativa de Sua Excelência, aprovada no ano de mil novecentos e noventa e oito. O Vereador José Fortunati, em nome da Bancada do PT, saudou o transcurso do Dia do Acemista, exaltando as iniciativas adotadas pela Associação Cristã de Moços no sentido de promover as práticas desportivas entre seus associados e ressaltando a importância das atividades de natureza assistencial realizadas pela instituição, especialmente através da Fundação Casemiro Bruno Kurtz e da Unidade Médica Antônio Moreno Morales. O Vereador João Bosco Vaz, em nome da Bancada do PDT, destacou a relevância dos serviços prestados pela Associação Cristã de Moços à Cidade de Porto Alegre, notadamente através do trabalho anônimo e voluntário de seus associados no intuito de ajudar o próximo e lutar por uma sociedade mais justa e fraterna. Também, registrou o transcurso, neste ano, do centésimo aniversário da presença da Associação Cristã de Moços no Rio Grande do Sul. O Vereador João Antonio Dib, em nome da Bancada do PPB, mencionou dados atinentes à vida e ao trabalho do Senhor George Williams, que fundou Associação Cristã de Moços no ano de mil oitocentos e quarenta e quatro, em Londres, Inglaterra. Ainda, comentou dados atinentes à presença da Associação Cristã de Moços em todo o mundo, bem como à iniciativa dessa entidade no sentido de promover o aprimoramento físico e o desenvolvimento da espiritualidade entre os seus associados. O Vereador Carlos Alberto Garcia, em nome da Bancada do PSB, homenageou a Associação Cristã de Moços pelo seu centenário de existência no Brasil, referindo-se, em especial, à figura do professor Elmano Laufer Leal como um símbolo de dedicação à entidade e salientando as diretrizes pedagógicas adotadas pela ACM, no intuito de ajudar o desenvolvimento dos jovens, através da promoção de práticas esportivas e da conscientização para o bom exercício da cidadania. A seguir, o Senhor Presidente registrou a presença do Deputado Estadual Germano Bonow, convidando Sua Excelência a integrar a Mesa dos trabalhos. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Senhor Leopoldo Moacir Lima, que discorreu sobre o trabalho desenvolvido pela Associação Cristã de Moços e registrou que, durante a presente solenidade, seria realizada a entrega do Troféu Dia do Acemista a personalidades que contribuíram, com o seu trabalho, para o sucesso das ações sociais e comunitárias dessa instituição. Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Senhor Áureo Peretti, que conduziu a solenidade de entrega do Troféu Dia do Acemista aos Senhores Alceu de Deus Collares, representado pelo Senhor José Luís da Costa, Bernadete Maria Franco Cunha, Carlos Alberto Garcia, Carlos Caetano Bledorn Verri - Dunga, Edgar Guimarães Machado, Edison Baptista Chaves, Emílio Kaminski, Ernani Behs, Fernando Záchia, Germano Bonow; Geruzes Sorç Pinto, Harold Ruy Behrends, Henrique Anawate, Ivo Wortmann, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, José Fortunati, Leopoldo Moacir Lima, Luiz Felipe Vasques de Magalhães, Luiz Fontanive Ferreira, Margarida Alice Oppliger Pinto, Mário Cardoso Jarros, Mário Roberto Amorim Baltar, Nelson Callegari, Nelson Magdalena, Olívio Dutra, representado pela Senhora Judite Dutra, Oudinot Willadino, Reginaldo Pujol, Sérgio Antônio Löff, Sérgio Zambiasi, Tarso Genro, representado pelo Senhor Décio Schauren, Valdyr Ataualpa Ramires Espinosa e Yeda Crusius. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra à Deputada Federal Yeda Crusius que, em nome da Associação Cristã de Moços, agradeceu a homenagem hoje prestada pela Câmara Municipal de Porto Alegre ao Dia do Acemista. A seguir, o Senhor Presidente convidou os presentes para, em pé, ouvirem o Hino Rio-Grandense, executado pelo Coral da Associação Cristã de Moços, sob a regência da maestrina Marisa Vieiro e, nada mais havendo a tratar, agradeceu a presença de todos e declarou encerrados os trabalhos às vinte horas e quarenta minutos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Fernando Záchia e secretariados pelo Vereador Reginaldo Pujol, como Secretário "ad hoc". Do que eu, Reginaldo Pujol, Secretário "ad hoc", determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pela Senhora 1ª Secretária e pelo Senhor Presidente.

 

 

 


O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): Estão abertos os trabalhos da presente Sessão Solene, destinada a homenagear o Dia do Acemista.

Convidamos para compor a Mesa a Ex.ma Primeira-Dama do Estado, Sr.ª Judite Dutra, representando o Sr. Governador; o Sr. Leopoldo Moacir Lima, Presidente da Associação Cristã de Moços; Deputado Sérgio Zambiasi, Presidente da Assembléia Legislativa do Estado; Desembargador Luiz Felipe Vasques de Magalhães, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado; Deputada Federal Yeda Crusius; Sr. Mário Cardoso Jarros, Presidente de Honra da ACM; Sr. Décio Schauren, representante do Prefeito Municipal de Porto Alegre.

Convidamos todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Nacional pelo coral da Associação Cristã de Moços, sob a regência da Maestrina Marisa Vieiro.

 

(É realizada apresentação do Coral da Associação Cristã de Moços, que interpreta o Hino Nacional.)

 

O Dia do Acemista foi instituído por uma Lei Municipal que hoje faz parte do calendário oficial da Cidade, por iniciativa do Ver. Reginaldo Pujol. Para nós há um fato extremamente relevante, pois o objetivo maior do acemista é trabalhar para a construção de uma comunidade mais solidária e fraterna. Por isso, esta Casa sente-se muito honrada por poder registrar esta homenagem à Associação Cristã de Moços, por meio do Dia do Acemista.

O Ver. Reginaldo Pujol, proponente da homenagem está com a palavra para falar em nome do PFL, PMDB, PSDB e PL.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.)Tenho a grata satisfação de, nesta data, assumir a tribuna popular do Parlamento da Cidade como requerente desta Sessão Solene e como representante do Partido da Frente Liberal, Partido ao qual me integro juntamente com o Ver. Luiz Braz. E na representação que me foi deferida pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro, pelo Partido da Social Democracia Brasileira e pelo Partido Liberal, faço o pronunciamento alusivo ao Dia do Acemista, ontem transcorrido, e que se registra num ano excepcional na história da ACM, pois marca o seu centenário.

A freqüência, nesta noite, de um público tão seleto, seria o elemento elucidador que pairaria acima de qualquer uma perquirição a enfatizar a importância deste dia e deste momento para o Legislativo da Cidade, para a entidade homenageada e, sobretudo, para a Cidade de Porto Alegre.

De fato, todos nós conhecemos a ação da ACM e quando comemoramos pelo terceiro ano consecutivo o Dia do Acemista, introduzido, como acentuou o Presidente da Casa, no calendário oficial do Município, desde o ano de 1998, em função de Lei que nós tivemos o privilégio de ser o primeiro signatário e que logo ganhou o apoio da integralidade de toda a Casa, essa circunstância dá-me este privilégio especial de estar aqui no ano do centenário da ACM, ao saudá-los e sobretudo a enfatizar a estreita harmonia entre o Legislativo de Porto Alegre com a ACM, seus dirigentes atuais e passados e sobretudo com as causas defendidas por essa Instituição, que chega com tantos méritos ao seu centenário.

Eu lembro, Ver. José Fortunati, quando nós cogitamos de oficializar aqui, no Município de Porto Alegre, essa data e acredito que de forma pioneira, o Dia do Acemista no território brasileiro. O Dr. Luiz Fontanive Ferreira aqui conosco, meu amigo pessoal, Cidadão Honorário de Porto Alegre, deve, obviamente, ter motivos muito especiais de regozijos. Eu não desconheço algumas conversações que ocorriam com o então Vice-Prefeito da Cidade, que redundaram nesse privilégio especial de um dia me ser oferecida a oportunidade de aqui me manifestar, Dr. Luiz, e por isso lhe sou muito grato, de ter sido signatário desse Projeto. É que homenagear o acemista é homenagear a ACM, e a ACM é uma entidade de reconhecidos serviços prestados à comunidade porto-alegrense, por todos nós decantados e, sobretudo, reconhecidos.

Nós sabemos que a ACM, além de ser uma instituição mundialmente conhecida, Prêmio Nobel da Paz em 1946, criadora do basquete em 1891, criadora do vôlei, em 1895, também obteve um grande reconhecimento na comunidade local, na nossa comunidade de Porto Alegre, pois esse pioneirismo que teve no mundo, aqui foi mais acentuado ainda. Ao longo dos seus cem anos, aqui na Capital do Rio Grande do Sul, muitas foram as contribuições que a ACM legou à Cidade, como exemplo, podemos citar: a introdução da prática de esportes como o vôlei, o basquete e o futebol de salão, a introdução da primeira comemoração do Dia das Mães, Ver. João Antonio Dib, aqui no Brasil, fato que V. Ex.ª mantém vivo em nosso Parlamento; o trabalho sócio-esportivo com presos na antiga Casa de Correção aqui, muito próximo de nós, nos idos de 1922; auxílio às vítimas das grandes catástrofes de Porto Alegre, como a enchente de 1941. Enfim, em todos os momentos mais marcantes da vida de Porto Alegre lá nós encontramos a presença da Associação Cristã de Moços. Atualmente, a ACM de Porto Alegre, que estamos a homenagear no Dia do Acemista, comporta nove unidades, sendo duas sócio-esportivas, três escolas, duas unidades de desenvolvimento social, um cemitério ecumênico e uma unidade binacional (Livramento-Riveira /Brasil-Uruguai.)

Nessas diferentes formas de servir à comunidade, a ACM busca sempre desenvolver sua missão, que é “promover a vida como agente de transformação da sociedade, trabalhando por justiça e paz, de acordo com a mensagem cristã” da maneira que a sociedade mais necessita.

Comprova-se o acima mencionado, pelos prêmios e certificados que a ACM Porto Alegre recebeu nos últimos anos. São eles: Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho em 1991, Prêmio Direitos Humanos no Rio Grande do Sul, concedido pela UNESCO, em 1998, Prêmio Prefeito Criança em 1999, pelo serviço prestado a crianças carentes e Certificado de Responsabilidade Social do Estado do Rio Grande do Sul, concedido pela Assembléia Legislativa do Estado em 2000.

Para se ter idéia da abrangência da ACM de Porto Alegre na comunidade, apresentamos alguns números institucionais: sete mil e quinhentos sócios, um mil e quinhentos alunos, cinco mil oitocentos e oito atendimentos sociais/ano, quinhentos e quarenta e dois mil novecentos e sessenta e seis atendimentos em ações de saúde no ano de 1999, cento e setenta jovens/ano participando de oficinas educativas, duzentas e cinqüenta crianças/ano atendidas por serviços de creche e cento e trinta e oito mil refeições servidas/ano. Essa é a ACM, essa é a entidade que gerou Dunga, o acemista, esse acemista que homenageamos consagrando no calendário oficial da Cidade o dia seis de junho como sendo o seu dia.

A ACM que todos nós cantamos em prosa e verso só é essa entidade grande, só é essa entidade respeitada, só é essa entidade que traz ao Plenário da Câmara Municipal de Porto Alegre, no Dia do Acemista, tão significativas pessoas da sociedade porto-alegrense, só é essa entidade firme, grande, conseqüente nos seus objetivos, porque ao longo do tempo sempre teve diretores idealistas, capazes, homens e mulheres que se integraram no objetivo de cumprir o desiderato da ACM. A todos eles que, ao longo desses anos todos, desses cem anos fizeram essa grande e forte entidade, nós, do Legislativo de Porto Alegre homenageamos hoje, gostaríamos de ter feito ontem, mas o protocolo determinou que hoje pudéssemos fazê-lo, acentuando as nossas homenagens, que são as mais justas, as mais sentidas e, sobretudo, as mais sinceras, pois reconhecemos na ACM e nos acemistas o exemplo do bom trabalho feito pela sociedade e pela sua gente. Meus cumprimentos a todos e muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): O Ver. José Fortunati está com a palavra pela Bancada do PT.

 

O SR. JOSÉ FORTUNATI: Sr. Presidente e Srs. Vereadores.(Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Certamente, para alguém que freqüenta a ACM no seu cotidiano, como eu faço, juntamente com minha esposa Regina e com o meu filho Bernardo, é muito fácil vir a esta tribuna para falar sobre a Associação Cristã de Moços.

Eu poderia aqui, continuando o discurso do querido Ver. Reginaldo Pujol, destacar que a ACM foi introdutora do Dia das Mães - data tão importante entre nós -, poderia lembrar os fatos e feitos na área desportiva - recordando o que já se tornou tradicional entre nós: o famoso jogo dos notáveis que, aliás, teve, entre nós, uma grande revelação, o nosso companheiro Dunga -, eu poderia, certamente, lembrar uma série de questões que dizem respeito à ACM como instituição educativa, uma instituição que congrega tantos mil sócios na nossa Cidade. Mas existe algo na ACM que tem me cativado ao longo do tempo: o seu trabalho social. Um trabalho que normalmente não aparece, um trabalho que não é enaltecido, um trabalho que normalmente não é lembrado, mas que os acemistas sabem o quanto ele tem sido fundamental na relação com a nossa Cidade.

Começo citando a Fundação Casemiro Bruno Kurtz, uma creche numa das vilas mais carentes da nossa Cidade, que é a Vila Cruzeiro do Sul, que acolhe duzentas e cinqüenta crianças, um outro trabalho que realiza, extraclasse, com cento e sessenta crianças e adolescentes, um trabalho desenvolvido também com a terceira idade - normalmente pensamos na criança e no adolescente em situação de risco e esquecemos do que costumo chamar de a melhor idade, o momento em que o ser humano certamente atinge o seu ápice de conhecimento e de sabedoria, mas que, infelizmente, na sociedade em que vivemos, acaba sendo claramente relegado a um segundo ou terceiro plano. É importante lembrar a Unidade Médica Antônio Moreno Morales, que também realiza um trabalho assistencial da maior importância, com atendimento médico e odontológico a crianças e a adolescentes na comunidade do Morro Santana, aliás uma outra comunidade absolutamente carente e necessitada. Eu faço questão de, a partir dessas duas iniciativas da ACM, ressaltar o quanto tem sido importante a presença da ACM nos programas sociais da nossa Cidade.

Eu fui Vice-Prefeito; nos últimos 4 anos, coordenei o Fórum de Políticas Sociais da Prefeitura, numa relação direta com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, e não por acaso o Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente era da ACM; não por acaso a ACM aparecia como um paradigma nessa relação com as nossas crianças e os nossos adolescentes em situação de risco; não por acaso a ACM sempre foi destacada enquanto uma das instituições-chave para que Porto Alegre conquistasse o Prêmio Prefeito Criança. Aliás, é importante lembrar que Porto Alegre é a única cidade do Brasil a receber o Prêmio Prefeito Criança nas duas vezes em que o Prêmio foi outorgado. Eu não tenho dúvida de que o trabalho da ACM em muito contribuiu para que Porto Alegre recebesse esse reconhecimento. Por isso, em nome do meu Partido e, certamente, em nome da Cidade de Porto Alegre, cumprimento todos aqueles que fazem o seu trabalho - profissionais da ACM ou voluntários -, construindo essa grande instituição que ultrapassa os limites geográficos das suas sedes. Parabéns a todos vocês que constróem uma cidadania plena, mostrando que esta Cidade, este Estado e este País não só têm presente, como futuro. Vida longa à Associação Cristã de Moços! Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): O Ver. João Bosco Vaz está com a palavra, em nome da Bancada do PDT.

 

O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) O Ver. Reginaldo Pujol falou na instituição, falou na entidade; falou principalmente sobre o trabalho realizado pela ACM. O Ver. José Fortunati lembrou o trabalho social. Eu quero falar no espírito de ser acemista e na data que hoje estamos comemorando.

Ser acemista é ter o coração aberto ao próximo; ser acemista é poder ouvir; ser acemista é poder dar um sorriso; ser acemista é poder parar, conversar e, acima de tudo, ser parceiro, um parceiro não só no ano em que comemoramos o Ano do Voluntariado, mas um parceiro no seu dia-a-dia, aquele parceiro que busca a sua transformação, mas a transformação social que o acemista prega, que o acemista vai em busca, para o bem social das comunidades carentes. Essa transformação só tem uma porta e essa porta só abre por dentro. Ou seja, nós precisamos pregar essa nossa transformação. Ser acemista, meus amigos, é muito mais: é um pequeno gesto de apertar a mão, é poder chegar em casa à noite, quando paramos para colocar as idéias em ordem, para projetar o dia seguinte, e poder bater no peito e dizer que fizemos uma boa ação. Ser acemista é mais ainda: é não querer apenas as coisas materiais, é acreditar na mensagem cristã. Ou será que cada religião tem um Deus? Ou será que Deus não é um só? Ser acemista é poder estar aqui resgatando essa história, trazendo pessoas famosas do nosso dia-a-dia.

Está aqui o técnico Valdir Espinosa, campeão mundial pelo Grêmio. Veio do Rio de Janeiro, onde reside, para receber esta homenagem. Ele, que se criou dentro da ACM, tem este espírito da solidariedade. Ser acemista é ir buscar o Ivo Wortmann, que, ontem à noite, enfrentou o Grêmio, perdeu, mas está aqui, com o seu espírito jovem, com o seu espírito colaborador. Ser acemista é trazer o Dunga, cidadão do mundo, que estava no Japão, na Coréia, e antecipou a sua volta para poder estar aqui e para poder servir ao próximo. Ser acemista é poder, acima de tudo, contar com o trabalho de centenas e centenas de anônimos, que se doam em troca apenas do prazer.

Nos cem anos da ACM, em julho, teremos, nesta Casa, o Encontro Nacional de Jovens Líderes. Jovens do Brasil todo aqui estarão para ouvir, para dialogar e para uma ampla troca de experiências. Teremos, em julho, também, os Jogos Acemistas Brasileiros, com mais de seiscentos atletas do Brasil todo. O que é isso, a não ser a integração, através do social, através do esporte e através da solidariedade?

Para encerrar, Sr. Presidente, quero dizer que ser acemista é abraçar, é beijar e, neste momento de integração, gostaria que todos que estão aqui se abraçassem, apertassem as mãos, porque, acima de tudo, estamos imbuídos em fazer o melhor para a sociedade. Por favor, podem se abraçar. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra, pelo PPB.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Citando e abraçando o Mário Cardoso Jarros, eu faço aquilo que o Ver. João Bosco Vaz propôs: abraço os acemistas aqui presentes.

A vida de todos nós é feita de momentos e, às vezes, nós não sabemos avaliar a importância do momento que estamos vivendo. É o que eu creio ter acontecido com George Williams, em Londres, há mais de cento e cinqüenta anos, quando, com vinte e três anos, criou uma associação reunindo pessoas, independente de crença política, religiosa ou de raça, simplesmente para que elas, naquele momento, pudessem reunir-se, ampliar-se pelo mundo buscando espiritualidade e também o aprimoramento físico. Ele teve sessenta anos para avaliar aquele momento que viveu e, por certo, não esqueceu. Levou até o último dos seus dias, até o último momento aquela lembrança extraordinária de uma associação que começou do nada praticamente e hoje tem trinta milhões de associados em cento e vinte países, com doze mil sedes e, aqui, no Brasil, tem prestado relevantes serviços. Nós desejamos que continuem prestando cada vez mais serviços para uma população que é cada vez mais carente de solidariedade, de atenção, de carinho e que precisa ser abraçada, como foi aqui proposto.

Mas eu disse que a vida é feita de momentos, e eu vivo um momento de muita intensidade. Eu estou recebendo, como muitos amigos aqui, o Troféu Acemista, no ano em que a ACM faz cem anos no Brasil. Este momento, para mim, será lembrado, e eu espero que não pelos sessenta anos do George Williams, mas por muito tempo e por muito tempo eu possa lembrá-lo e tenha ele como estímulo para continuar servindo, o que deve ser a preocupação de todos nós. Saúde e paz! Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): O Ver. Carlos Garcia, Vice-Presidente desta Casa, está com a palavra pelas Bancadas do PSB e PC do B.

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Fui o último, e a maioria dos oradores já disseram, como o Ver. Reginaldo Pujol, que, com propriedade, contou sobre a ACM, relembrando que esta - sou professor de Educação Física -, criou dois esportes fundamentais: basquete e vôlei. Falou também do Dia das Mães.

Mas quero também colocar uma das coisas que hoje virou um modismo: a questão de fazer atividade física, principalmente em academia. A ACM foi quem criou a ginástica, os grupos e a ginástica calistêmica, lembro-me muito bem.

E vejo aqui mais dois colegas que serão agraciados: a Prof.ª Margarida Pinto e Ivo Wortmann, ambos colegas de faculdade.

Quero dizer que a ACM, além dessa questão de esporte, quando é estruturada na educação, ela tem essa grande virtude de ser o alicerce na formação de milhares e milhares de jovens. Quem participou das diversas atividades da ACM sabe, com propriedade: ela lança uma semente que fica para sempre. Isso só é constituído porque tem essa virtude enraizada na sua prática.

Ao receber esse prêmio, eu gostaria de fazer uma homenagem a uma pessoa que foi muito minha amiga - não está entre nós, a esposa dele está aqui, hoje, a minha colega de aula, a Rose Leal - que é o Prof. Elmano Laufer Leal. Sem sombra de dúvida aqueles que o conheceram sabem a paixão e o ardor que tinha pela ACM. Hoje, uma Escola Municipal chama-se Elmano Leal. Outro acemista presente, hoje, profissional liberal, amigo pessoal meu, Dr. Ricardo Alves, o Pingo, gosto sempre de citar, é o maior acemista que eu conheço, porque todas as vezes em que tu falas com o Pingo, a cada dez palavras em oito ele cita a ACM. É daquelas pessoas que vive a ACM no seu dia-a-dia.

Quero saudar uma pessoa que, durante muitos anos, ajudou na formação de milhares e milhares de jovens: o Bruxo, o Edgar. Edgar, tu durante muitos e muitos anos, com a tua maneira de ser, com a tua simplicidade, tu ajudaste muitos milhares e milhares de jovens com a tua palavra, com a tua atenção, como aquela pessoa que estava sempre presente no dia-a-dia. Eu gostaria de, de público, fazer essa referência. Para finalizar: cem anos! Só consegue cem anos aquela instituição que é construída com base sólida, e aquilo que se constrói com base sólida resiste e o tempo não consegue apagar. Por isso a ACM a cada dia vai continuar colocando essa boa semente para fazer com que os nossos jovens possam ter essa boa formação voltada para uma educação reta, para o desporto e, principalmente, dentro do espírito cristão, para a construção da nossa cidadania. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): Convidamos o Dep. Estadual Germano Bonow, que é um acemista e também homenageado, para fazer parte da Mesa.

O Sr. Leopoldo Moacir Lima, Presidente da Associação Cristã de Moços, está com a palavra.

 

O SR. LEOPOLDO MOACIR LIMA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Nós tivemos, hoje, o privilégio de ouvir aqui, por intermédio dos Vereadores que nos antecederam, uma aula para quem não conhece e para quem conhece também sobre o que é a ACM. Como voluntário da instituição, creio que pouca coisa me resta falar depois da bela fala do nosso proponente, Ver. Reginaldo Pujol, das palavras do Ver. José Fortunati, do Ver. João Bosco Vaz, do Ver. João Antonio Dib, do Ver. Carlos Alberto Garcia, todos eles afeitos com o que é a ACM.

Hoje, no ano do centenário da ACM, buscamos homenagear pessoas que, ao longo desses cem anos, trabalharam e contribuíram para o crescimento, para o engrandecimento da Associação Cristã de Moços como um todo; trabalharam pela sua perfeita representatividade na comunidade, nos setores onde ela se faz representar. E nós temos, hoje, a graça de representar a presidência do colegiado no ano do centenário, uma graça que nos deixa envaidecidos, mas que nos traz também uma grande responsabilidade, uma responsabilidade de bem representar todos os que nos antecederam.

Se a ACM hoje é uma entidade pujante, como todos nós reconhecemos e que hoje está sendo homenageada pelo transcurso do Dia do Acemista, que aconteceu ontem, e também uma das atividades relativas ao seu centenário, é graças a esses homens todos que, ao longo dos cem anos, souberam levar o nome da ACM, engrandecer o seu papel de fazer representar aquilo que todo o voluntário, como nós, esperamos, quando ingressamos na ACM, o servir sem nenhum interesse próprio, nenhum interesse menor, nenhum interesse maior, somente o desejo de servir.

Se nós hoje temos uma entidade representativa, as coisas nem sempre foram assim. E eu, vendo hoje as pessoas que estão sendo homenageadas aqui, vejo integrantes de diversas campanhas financeiras, quando a ACM era obrigada, inclusive, a recorrer. Quando a ACM queria construir ou melhorar o ginásio que dispunha, quando a ACM decidiu construir uma piscina, obviamente ela não dispunha de recursos através do seu quadro social para desenvolver tais atividades, muitas vezes recorrendo a campanhas financeiras para, inclusive, pagar seus funcionários, e nós, hoje, com privilégio, podemos dizer que a ACM está estruturada, a ACM está preparada em função de um trabalho de planejamento desenvolvido através dos seus secretários, do seu corpo de profissionais, da sua Diretoria, buscando uma convivência harmônica e uma maneira de, aos poucos, ir introduzindo um planejamento que reflita as necessidades da ACM, seja no campo da assistência social, onde nós trabalhamos em conjunto com o Governo Federal, com o Governo Estadual e o Governo Municipal em diversos projetos de interesse comunitário, seja no campo da educação, seja no campo do físico-social-recreativo.

E, hoje, para nós, é uma grata surpresa ver tantas pessoas, aqui, representadas, tanto na parte política, na parte social, na parte esportiva, pessoas presentes que, ao longo de suas vidas, tiveram algum contato e deixaram alguma coisa de importante que, para nós, durante esses cem anos vai ser lembrada.

Agradeceria a todos os homenageados. Seguramente, em cem anos, teríamos muito mais do que trinta, quarenta pessoas para homenagear. Mas neste momento, as pessoas que hoje aqui estão recebem o carinho, a dedicação e o reconhecimento da instituição por todos os trabalhos prestados, de maneira voluntária, de maneira generosa, dadivosa, sem nenhum interesse pessoal.

E é por isso que nós, hoje, ao entregarmos o troféu do Dia do Acemista, estamos reconhecendo o trabalho voluntário e o trabalho sem nenhuma divulgação, às vezes, de todos os nossos associados, dos nossos sócios básicos, dos nossos Diretores, dos colaboradores e dos nossos beneméritos.

Este é um dia especial, e eu acho que a ACM deveria, assim como está fazendo, trazer este reconhecimento, e todos os senhores - com certeza, não será através de um troféu -, se sintam homenageados por tudo aquilo que fizeram e pela divulgação que têm dado, cada um no seu campo de atividade, ao nome da ACM. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): O Sr. Áureo Peretti está com a palavra.

 

O SR. ÁUREO PERETTI: A data de 06 de junho marca o dia da fundação da ACM no mundo. Foi criada em Londres, no ano de 1844, por George Williams. Em comemoração à data da fundação da ACM, no mundo, em homenagem a todos os acemistas, por iniciativa do Ver. Reginaldo Pujol, com a aprovação unânime da Câmara de Vereadores e do Executivo, através da Lei 8.205, de 1998, foi criado o Dia do Acemista. A Comissão de Eventos da Diretoria da ACM instituiu o Troféu Dia do Acemista, com o intuito de reconhecer aqueles que contribuíram e contribuem para a grandeza da obra da Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, sendo que, no ano do seu centenário, recebem esta justa homenagem os acemistas que agora passamos a nominar.

 (Procede-se à entrega dos troféus aos seguintes homenageados: Bernadete Maria Franco Cunha, Carlos Alberto Garcia, Carlos Caetano Bledorn Verri - o Dunga, Edgar Guimarães Machado, Edison Baptista Chaves, Emílio Kaminski, Ernani Behs, Germano Mostardeiro Bonow, Geruzes Sorç Pinto, Margarida Alice Oppliger Pinto, Harold Ruy Behrends, Henrique Anawate, Ivo Wortmann, João Antonio Dib, José Fortunati, Alceu de Deus Collares, Leopoldo Moacir Lima, Luiz Fernando Záchia, Luiz Felipe Vasques de Magalhães, Luiz Fontanive Ferreira, Mário Cardoso Jarros, Mário Roberto Amorim Baltar, Sr. Nelson Magdalena, Sr. Nelson Callegari, Olívio Dutra - representado pela Sr.ª Judite Dutra, Oudinot Willadino, Reginaldo Pujol, Sérgio Antônio Löff; Deputado Sérgio Zambiasi, Tarso Genro - representado pelo Sr. Décio Schauren, Valdyr Ataualpa Ramires Espinosa, Yeda Rorato Crusius e João Bosco Vaz.) (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): A Sr.ª Yeda Crusius está com a palavra e falará em nome dos homenageados.

 

A SRA. YEDA CRUSIUS: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Eu estava conversando com o Presidente de Honra, Mário Jarros, e dizia: “Este não é um dia qualquer. E para falar neste dia, explode coração!”

Eu ouvi o meu amigo, Ver. Reginaldo Pujol, a quem eu agradeço ter tomado a iniciativa aprovada por esta Casa, de dar à Cidade de Porto Alegre um dia para celebrar a ACM, e ouvi todos os demais Vereadores que, em nome dos Partidos, aqui se manifestaram, e a pergunta: “o que é um acemista?”, creio que cada um de nós pode responder pela vivência, mas, mais do que tudo, pelo lema, que creio, pelo exemplo de milhares de anos, é de como se é solidário, de como se transforma a sociedade – ela sempre precisa estar em transformação. E eu lembrei que, quando entramos num avião, percebemos os símbolos e as mensagens, entre elas os cuidados que se devem tomar numa viagem, há uma aeromoça, bem bonita, bem vestida, bem treinada, que nos diz: “Se faltar pressurização, vão cair as máscaras. Coloque-a primeiro sobre sua boca e nariz e depois ajude quem está a seu lado.” Este é o lema da ACM, que chama e agrega aqueles que depois vão-se transformar na grande família acemista: Ajuda-te ajudando o próximo. Mas, primeiro, cada um de nós tem de se ajudar, cada um de nós tem de aceitar ser diferente daquele que está ao seu lado, e, ao se ajudar, buscar ajudar ao outro. É assim que a gente se conhece, é assim que a gente cresce. Creio que este é o lema da ACM.

E entendo não ser este um dia qualquer, porque uma instituição que é capaz de estar na Cidade, ir além da Cidade por cem anos, por meio do trabalho voluntário e da permanente qualificação do seu trabalho profissional, já passou por muitas crises, já passou por muitas guerras, e passa porque tem as fundações. E as fundações da ACM são as fundações de um eterno desenvolver do caráter, mas do caráter que se baseia na aceitação do outro. Não é por nada que a ACM trabalha com as comunidades menos privilegiadas pela vida. Na Vila Cruzeiro, conhecemos como o trabalho se desenvolveu, saindo de Porto Alegre, aquela experiência de ligação com a natureza, e de conhecimento do próximo, a partir das crianças, que é o Rincão do Coelho, sem luz, sem água, aos poucos se buscando luz, se buscando água, o exercício que hoje, na forma de gestão moderna das empresas e das instituições, diz que todos têm que fazer um exercício, ao máximo da força vital, da vida que têm, o exercício físico radical. Isso a ACM sempre, nas suas fundações, disse que era necessário fazer, irmos buscar dentro de nós aquilo que de mais rico a gente pode dar no convívio com a sociedade. E cada um tem uma fonte. Nenhuma fonte é igual à outra. Então, não é um dia qualquer celebrar cem anos, em que não houve desvio da missão original.

Quando me pediram para contar o que eu pensava que era um acemista e o que era a ACM, lembrei-me de dois momentos em que este encontro se deu e se dá para cada um que tem a oportunidade de entrar pela porta aberta da ACM, por meio da educação, por meio do esporte, por meio do voluntariado, por meio do auxílio aos mais carentes, e lembro-me da primeira vez em que encontrei essa porta aberta, em São Paulo, na Rua Nestor Pestana. O ano de 1963 não era um ano comum, era um ano de transformação mundial que batia em cada rua. Ao encontrar aquela porta aberta, eu quis me ajudar, buscando equilíbrio por meio do esporte. Imediatamente, encontrei todas as condições para imediatamente ajudar o outro e buscar entender por que aquela confusão, aquela transformação que, hoje, já sabemos, pelo andar dos anos, que isso é parte da vida, e a vida se faz em movimentos, em transformações e em ciclos, às vezes para cima, às vezes para baixo.

O segundo encontro foi ali nos Açorianos, com porta aberta, onde, por meio do esporte e do trabalho voluntário, construímos e nos identificamos com uma moral. São valores cultivados ao longo do tempo, e a sociedade demora muito para chegar a um padrão moral. Mas uma vez encontrado o padrão moral, ele tem de ser vivenciado com a ação do cotidiano que permita a nós, como foi dito aqui, transformar o presente, melhorando o futuro. E sempre foi com um padrão moral, sem moralismos. Tanto é que ali se praticava esporte – eu não posso dizer, mas vai ficar registrado -, mas não abdicávamos da cervejinha, ou de uma caipirinha. Brigávamos entre nós; ficávamos de mal e, depois, ficávamos de bem. Conhecíamos e convivíamos com pessoas de alta, média e baixa renda e com todas as raças, mas uma coisa me marcou muito na ACM, vem da história da ACM: ali, eu nunca senti diferença entre ser acemista homem e acemista mulher. Mas só está faltando uma coisa: que, nos cento e um anos da ACM, ocorra o “jogo das notáveis”. (Palmas.)

Se eu estou dizendo isso, é porque celebrar, com muita emoção, os cem anos é sempre pensar no ano seguinte.

Nós temos os mais diversos tipos de esportes, no futebol, aqui, os maiores líderes, atores. Eu não posso deixar de dizer que celebrei o penúltimo da lista, ao dizer-lhe, que voltou a Porto Alegre para receber este prêmio, pois sabe o valor que tem, o Espinosa: “Dá-lhe campeão!” Mas, dá-lhe Dunga! E o campeonato não se faz apenas quando se vence a batalha, não é Ivo, ontem tu perdeste, na próxima, quem sabe. E eu espero que demore muito, mas na próxima, quem sabe!

É nesse tom sempre de muito amor – o Ver. João Bosco Vaz disse isso e é o que nós praticamos -, que nos manifestamos, porque dentro da ACM, no quadro moral da ACM, nós podíamo-nos abraçar, não havia maldade. E eu nem falo no Presidente da Câmara. E nós nos abraçávamos pela fraternidade, por uma palavra ou por um conjunto de palavras que hoje é aceito, reconhecido e praticado pelas instituições públicas, pelas empresas, pelas organizações sociais, pelas pessoas: fraternidade e solidariedade. A soma das duas se realiza em trabalho voluntário, pela definição de trabalho voluntário. Trabalho voluntário é uma casa de portas abertas; quem quiser entrar para trabalhar vai saber como é que trabalhamos lá dentro. Portanto, não é extrair trabalho de ninguém; a ACM nunca extraiu trabalho de ninguém.

Eu tenho uma imensa emoção, um enorme prazer e uma mensagem a dar para todos aqueles que, junto conosco - não apenas os nominados -, recebem a maior das honrarias e o maior dos prêmios: ter podido trabalhar lá, na porta aberta da ACM.

Então, parabéns para a Câmara de Vereadores; Ver. Reginaldo Pujol, mais uma vez, parabéns! A Cidade de Porto Alegre, a cada 06 de junho, haverá de celebrar mais um ano em que mais um pedaço da transformação foi cumprido, com a responsabilidade da ACM. Um abraço a todos.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): Queremos lembrar que no dia 24 de novembro, neste ano, esta Casa, numa proposta do Ver. João Bosco Vaz, estará homenageando os cem anos da ACM no Estado do Rio Grande do Sul.

Eu diria, Deputada - não concordando em relação ao Ivo Wortmann -, que quero ver o Ivo muito rapidamente campeão, quem sabe treinando o meu Internacional.

Convidamos a todos os presentes para ouvir a apresentação do Hino Rio-Grandense pelo coral da ACM, regido pela Maestrina Marisa Vieiro.

 

(Executa-se o Hino Rio-Grandense.)

 

Lembramos sempre que a missão da ACM, não só em Porto Alegre mas em todas as partes onde tem sede, é promover a vida como agente de transformação da sociedade, trabalhando por justiça e paz, de acordo com a mensagem cristã. Ficou muito evidenciado nesta justa homenagem do Ver. Reginaldo Pujol e com a presença de todas essas autoridades e, principalmente, aquelas pessoas distinguidas pelo seu trabalho próximo a ACM.

Agradecemos pela presença de todos.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 20h40min.)

 

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